O arranque do Festival Internacional de Imagem de Natureza (FIIN) de Vila Real ficou marcado pela abertura da exposição “Entre Serras – uma visão sobre o património natural”, promovida pela Associação Terra Maronesa, da autoria do fotógrafo Luís Romba.
Esta exposição insere-se na 5º edição do FIIN, organizada pelo Município de Vila Real, e pode ser visitada na sala polivalente do Museu do Som e da Imagem, no Teatro de Vila Real, até ao final do ano. Paralelamente, estão expostos os trabalhos dos concursos “Juvenil de Desenho e Fotografia” e “Desenho Científico e de Natureza, de Fotografia da Biodiversidade”, assim como os trabalhos realizados em aguarela pelos participantes do workshop de pintura do FIIN 2021.
A exposição “Entre Serras” surge da criação de um álbum digital com fotografias dos valores naturais existentes no território da Rede Natural 2000 (Alvão/Marão), no âmbito do projeto “Alvão Natural – melhoria do conhecimento e do estado de conservação do património natural”.
O acervo apresenta o olhar do fotógrafo sobre um território que percorre frequentemente e no qual encontra inspiração para o seu desenvolvimento artístico, destacando os habitat, a fauna e a flora, que convida à descoberta do património natural. “As serras do Alvão e do Marão apresentam uma elevada diversidade de ambientes, gente inspiradora e muitos assuntos e temas para fotografar e explorar”, referiu o artista.
Natural de Vila Nova de Famalicão e residente, desde 1998, em Vila Real, Luís Romba é arquiteto paisagista de formação, mas desenvolve trabalhos fotográficos relacionados com a paisagem e a vida selvagem.
Festival com projeção internacional
Mafalda Vaz de Carvalho, responsável do festival, em declarações ao NVR, aquando da inauguração das exposições, que marcou o arranque do FIIN, mostrou-se satisfeita pelo crescimento do evento, em especial ao nível das curtas-metragens, que neste ano foram mais de duas mil, a maioria estrangeiras. Destacou, ainda, “o interesse na divulgação da biodiversidade e do património natural, que fazem deste festival único neste contexto”.
Por sua vez, Carlos Silva, vereador da Câmara Municipal de Vila Real, com o pelouro do ambiente, ressalvou a “projeção internacional” do festival, que aumenta de ano para ano. “Numa altura em que se discute muito as alterações climáticas, estamos a agir localmente, a promover a biodiversidade, para contribuir para a resolução do problema a nível global”, explicou.
De referir que, além da exibição diária de curtas-metragens (21h no Pequeno Auditório do Teatro Municipal), até ao dia 19, no próximo sábado (15h), a Agência de Ecologia Urbana acolhe a inauguração da exposição de fotografia e vídeo “Corgo São, Bila Sã”. Os trabalhos foram realizados por jovens estudantes durante um campo de férias, sob o tema da importância do rio Corgo no troço urbano. A exposição vai, depois, percorrer as escolas do país.
A gala final do FIIN 2021 realiza-se a 21 de novembro, às 18h, por via digital, em www.fiin.pt e nas redes sociais do Município de Vila Real.
Filipe Ribeiro (texto e fotos)